Os anjos que te carregam
Em teus sonhos e te fazem voar
São os mesmos anjos
Que me beijam e me fazem chorar
É como uma faca entrando no seio
Da mãe que amamenta sua cria
Como a rede voltando do mar vazia
Arrasta minha alegria
É a última gota d'água, no Sol ardente
Evaporando no deserto
Sem ter alguém, alguma coisa,
Qualquer coisa por perto
A vista ardendo, a boca rachada
E a pele infame derrete
Antecede a noite fria, perigosa
Onde um velho clichê se repete
É como a chalana descendo um rio
Gelado, revolto de pedras
O bem vem até você
Te dá a chance de poder ver, mas renegas
Relutas o anseio, do seio
Que te nutre do que não consegues digerir
Melhor ficar seguro em casa, com o amor que mereces,
A não saber pra onde ir
Se teu porto seguro, no claro e no escuro,
Não pode mais teu barco ancorar
Melhor navegar nesse imenso oceano
De águas límpidas, cristalinas, antes de afundar.
quarta-feira, 22 de abril de 2009
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Um comentário:
Isso é arte meu velho!
Lindo kra! Emocionante!
Parabens por cada palavra...
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