quinta-feira, 28 de maio de 2009

Longe de Casa

O guerreiro de alma
Que vai à luta todo dia
Desbrava o desconhecido
Não teme a barriga vazia

Pois sua mente está cheia
De amor e esperança
Pode até errar o passo
Mas nunca sai da dança

Desperta o Sol da manhã
E segue sua jornada
Luta a qualquer hora
De dia, de noite, de madrugada

Mesmo sem saber
Escolhe o melhor caminho
Pois segue o rastro do bem
Por isso não está sozinho

Luta pelos nossos
Pelos teus, pelos meus
Siga seu caminho
Sempre ao lado de Deus.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

A Janela

Hoje eu olhei pela janela
E vi o Sol nascer
Tanta gente na favela
E não pára de crescer

Hoje eu olhei pela janela
Até acontecer
Como essa gente tão sofrida
Tem alegria de viver

Mas é a verdade nua e crua
Sem ressentimento
Largada pela rua
E levada pelo vento

Sobe o morro todo dia
Maria, José e João
Abrem porta, lavam pia
Só para comprar o pão

Pão que preenche o vazio
Que os mantém em pé
Muitos comem caviar
Isso não e pra ralé

Essa doce amargura
Podia ainda ser pior
Mas temos fé em Deus
Que amanhã vai ser melhor

Sei que vai mudar
E quero estar aqui pra ver
E vou olhar pela janela
E ver denovo o Sol nascer.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Caminhos

O tempo passa
Passa o tempo
Traz a chuva
Traz o vento

Um pouco mais
Eu não agüento
Um pouco mais
Vou estourar

A fome bate
E eu me pergunto
Se eu como queijo
Ou presunto

Se fico
Ou se vou junto
É difícil
De acertar.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Seres Humanos

Como seres humanos, nós erramos
Pensamos e acertamos
Achamos que odiamos
Mas temos certeza de que amamos

Podemos errar
Pois sabemos perdoar
Todos temos a chance
De poder acertar

Todos queremos acertar
Ou pelo menos queremos acordar
Abrir os olhos e enxergar
E poder saber o passo a dar

Afinal, somos sere humanos
E já existimos há alguns anos
E só errando e acertando
Podemos saber de onde viemos e pra onde vamos.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Será o fim?

Balançando pelas imperfeições
Das nossas construções mal calculadas
Obras superfaturadas

Eu sento em meu assento
Pela janela, o vento me faz respirar
Estão poluindo o ar

Estão poluindo o mar
Da Beira-Mar
Onde o Sol se põe
E nos faz pensar

Uns pensam no crescimento
Outros no alimento
Que poderia vir de graça do mar
Que uns parecem ter prazer em sujar

A rede sai do barco
E cheia quer voltar
Pra felicidade de seu dono
A família alimentar

É difícil de acreditar
Como um lugar tão lindo pode assim assim se acabar...

Brasil 2000?

A eterna divida externa
Que herdamos antes de nascer
Que herdamos até morrer
Que acho que nunca vai desaparecer

Plantamos do bom e do melhor
Mas comemos do pior
Quando comemos!
Sem alimento, como vivemos?

Vivemos, devemos
Enfrentamos ou tememos?
Gigante que fica pequeno
Diante de todo esse veneno

Terra pra plantar
Terra pra explorar
Muitos sem ter o que comer
Muitos sem ter o onde morar

Tudo que se fez
Vai pro bolso do burguês
Você dá um, você dá dois
Mas o safado quer é três.