sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

O Quarteirão do Terminal

O Quarteirão do Terminal
Que antes era matagal
Também já foi mangue, caranguejo
E hoje é onde todo dia te vejo

O Quarteirão do Terminal
No coração da Santíssima Trindade
Crianças, velhinhos, gringos, malucos
É onde passa toda a nossa cidade

O Quarteirão do Terminal
Onde vemos tantos olhares
Onde os pensamentos se cruzam
São emoções aos milhares

O Quarteirão do Terminal
Que abriga e mata a fome
Mata a sede da verdade
E faz lembrar seu nome

O Quarteirão do Terminal
Tráz esperança e desespera
Onde aprendemos com a espera
Onde o faxineiro se esmera

O Quarteirão do Terminal
Quem passou não passa mal
Há os que vão, há os que vem
Uns vão dormindo, sonhando o bem

O Quarteirão do Terminal
Sorte sua passar por lá
Vá um dia, um dia qualquer
Mas se ainda não foi, um dia vá.

(Poema feito para um trabalho da faculdade).

Pôr-do-Sol

Se ninguém parar para ver o Pôr-do-Sol
Ele simplesmente desaparece
E então anoitece
E derrepente tudo acontece

Você simplesmente se esquece
Do que poderia estar vivendo
Junto com o Sol descendo
A vida passa acontecendo

Daqui do alto te vejo em algum lugar
Pois estás comigo em meu coração
Enquanto observo as gaivotas voar
O vento sopra um linda canção

Então anoitece
E a noite se veste de um velho clichê
Com amor espero a hora
De estarmos juntos só eu e você.

Vem também

A chuva que vem ao lado do meu bem
Vem pra quem tem, pra quem não tem também vem
Molha quem quer, quem não quer também se molha
Eu olho pra você, se não quer, não me olha

Mas para olhar, basta enxergar
A luz se apaga, mas brilha o luar
O sono me vem, que te faz acordar
Nos mostra o mundo em que podemos estar

Se entregue para a noite que é só disfarçar
O dia é mais belo pra gente acordar
Temos a Luz pro caminho mostrar
E a vida inteira pra gente se amar.