terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Carta em versos de um brasileiro entrando na maturidade, Cujo os pensamentos começam a acordar (ou se apavorar) com a idade



Primeiro, tenta ver o lado bom.


"...Não enxergo mais com os olhos,
Agora enxergo com o coração.
Não conquisto mais com minha juventude,
Agora conquisto com a atitude.

O tanto que eu gostava de falar,
Agora sei a importância de escutar.
A sensação de ser imortal se foi,
Agora, para a experiência digo oi.

Depois começa a cair na real.

Já fiz fisioterapia pro joelho,
E não me agrada tanto o que vejo no espelho.
E o dia em que vi meu primeiro cabelo branco?
Precisava ver minha cara de espanto.

Pelo menos ainda consigo vê-lo,
Pior uns, que já não tem mais cabelo.
Trabalho, imposto, contas a pagar,
E nem se quer tenho meu próprio lar.

A coisa começa a piorar.

Vou em aniversário de filho de amigo meu,
E eles me perguntam, "quando é que vem o seu?"
Eu digo para eles, "calma rapaziada,
Primeiro deixa eu arrumar uma namorada"

Pois é, com quase 30 ainda estou solteiro
Ou me acerto, ou fico com fama de guerreiro.
E do jeito que o povo gosta,
Se espalha rapidinho pelo bairro inteiro.

Esses dias me perguntaram lá na faculdade,
"como era no seu tempo, quando tinha nossa idade?"
Tudo bem, admito que já devia estar formado,
O que me deixa ainda mais desesperado!

Agora ele cai na real!

Eu era titular, agora estou no banco.
Ainda levanto, mas logo logo, talvez "nem tanto".
Quer me ver com a cara apavorada?
Me lembre que existe a famosa "dedada"!

Agora uns (e umas!) já me chamam de tio
Já penso até em outro estado civil
Com dor confesso pro meu Brasil varonil
TÔ FICANDO VELHO, PUTA QUE PARIU!!!

Mas vem um consolo (não "aquele " consolo, hein ô, seus mentes pevertidas!)

Bem, como isso é tão normal
Digo aqui meu nome e minha idade
Dylan Pieczarka Pederneiras, 29 anos
O mais novo membro do clube da maturidade!..."

É melhor ver a vida com bom humor do que remar e remar contra a correnteza da dor!

Agradeço a Deus por poder compartilhar esta mensagem com vocês, e, tá bom, aceito piadinhas, comentários (maldosos também), criticas e etc.

Grande abraço, Dylan.

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